Esse é o diário da Oficina do Conto. Conto e Encanto em Qualquer Canto é o nosso lema. Por isso, se prepare para ler notícias do nosso e de outros cantos onde o conto se faz presente. Essa oficina foi concebida à partir do projeto "Contando Estórias. Construindo Referências", da psicóloga Katia Bessa. Ela ocorre toda semana, com crianças de 5 a 12 anos, em Mauá - São Paulo, na Biblioteca Viva da Chácara das Flores, montada pelo Projeto LER do Rotary Club.
5 de set. de 2011
Dia 10 - O Rei e a Pedra
Na semana passada, resolvemos implementar, à partir desse encontro, algumas mudanças estruturais na Oficina do Conto.
Assim, aumentamos de 2 para 4 turmas (2 de manhã e 2 à tarde), cada turma ficou com 1h30 de duração e dividimos os participantes por idade, sendo os menores na primeira turma (4 a 7 anos) e os que estão na fase de letramento na segunda (8 a 12 anos).
As turmas ficaram desse jeito:
Manhã
Turma 1: Geovana, Kemillyn, Thauany, Virginia e Vitória.
Turma 2: Carla, Gabriel, Jadson, Karolline, Manuela, Thalia e Victor
Tarde
Turma 3: Agnes, Ketheleen, Sthefany
Turma 4: Adrielle, Emilly, Enzo, Karen, Laura, Natalia, Ryan, Vinicius e Camila
Com isso pretendemos elevar a qualidade da oficina ao direcionar as atividades e contos por faixa etária e dar uma atenção maior aos pequenos.
A história que escolhemos para esse dia foi contada por mim e se chama "O Rei e a Pedra". É um conto antigo, cuja origem se perdeu no tempo.
Certa vez num reino distante, existia um rei que desejando conhecer a generosidade do seu povo, teve uma idéia.
Colocou uma enorme pedra no meio de uma estrada de terra, se escondeu atrás de uma árvore e ficou ali espiando por entre as folhas, para ver o que fariam as pessoas que por ali passassem, ao se depararem com a pedra.
Não demorou muito e apareceu uma charrete cheia de sementes, sendo conduzida por um homem grande, que iria vendê-las na cidade. Uma das roda passou por cima da pedra e quase fez o homem cair da carroça:
- Mas que droga! Como essa pedra veio parar no meio do caminho? Quase quebrou a minha roda!
E saiu esbravejando em direção a cidade, porém a pedra continuou lá.
Em seguida, veio um soldado, todo garboso, com uma capa que esvoaçava ao vento e com sua espada na cintura, que brilhava à luz do sol. Estava tão distraído, que não percebeu a pedra, tropeçou nela e beijou o chão como um saco de batatas cheio.
- Aí, meu pé! Pedra dos diabos! Olha como ficou a minha roupa, toda cheia de terra. Do que adianta a gente pagar imposto se o rei não liga pras estradas? Aonde esse mundo vai parar? Nínguem faz nada pra mudar isso...
E saiu mancando, irritado, reclamando da pedra, do rei, da vida, mas... a pedra continou lá.
Um sacerdote que vinha por essa mesma estrada notou a pedra, e parou diante dela. O rei pensou: - É agora, ele vai tirar a pedra.
Então, o padre rezou: - Senhor, ajude com que esta pedra não machuque as pessoas que passarem por aqui. Passou ao lado da pedra, foi embora e, para a surpresa do rei...a pedra continou lá.
Já no final do dia, quando o Sol começava a desaparecer atrás dos montes, o rei desanimado se preparava para voltar ao castelo quando avistou uma menina pequena, de uns 8 anos de idade, caminhando naquela direção.
Era a pobre filha do oleiro, que carregava um balde de água que foi pegar no poço. Ao se deparar com a pedra, falou:
- Nossa, uma pedra desse tamanho bem no meio da estrada. Alguém pode tropeçar nela, ainda mais agora que já está ficando escuro.
Então ela colocou o balde no chão e começou a empurrar a pedra com dificuldade, até tirá-la do meio docaminho.
Quando se voltou para pegar o balde, notou que exatamente onde estava a pedra, tinha um pequeno baú com uma carta encima, que dizia: - Este baú pertence a quem removeu essa pedra.
Ela então abriu o baú e viu que ele estava repleto de moedas de ouro. Abraçando-o ela correu contente para casa, para mostrar aos pais o que encontrou, que daria para alimentar sua família por vários anos.
E o rei retornou contente para o seu palácio, pois foi uma criança que retirou a pedra, e ele sabia que o futuro do reino estava nas mãos desses pequenos.
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